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Déficit do governo central atinge R$ 40,6 bilhões em maio, com queda nas despesas e alta na arrecadação

O governo central registrou déficit primário de R$ 40,6 bilhões em maio, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 27, pelo Tesouro Nacional. O valor representa uma redução em relação ao resultado do mesmo mês de 2024, quando o saldo negativo foi de R$ 60,4 bilhões. O número divulgado inclui as contas do Tesouro Nacional, Banco Central […]

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José Cruz/Agência Brasil/ Arquivo

O governo central registrou déficit primário de R$ 40,6 bilhões em maio, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 27, pelo Tesouro Nacional. O valor representa uma redução em relação ao resultado do mesmo mês de 2024, quando o saldo negativo foi de R$ 60,4 bilhões. O número divulgado inclui as contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social.

O resultado veio próximo da estimativa de analistas do mercado financeiro. Levantamento da Reuters junto a instituições consultadas indicava expectativa de déficit de R$ 41,1 bilhões para o mês.

Redução do déficit é atribuída à combinação de receita em alta e corte de despesas

De acordo com o Tesouro Nacional, o desempenho das contas públicas em maio foi influenciado por dois fatores principais: o aumento real de 2,8% na receita líquida e a redução real de 7,6% nas despesas totais, ambos em comparação com maio de 2024. A receita líquida considera os recursos efetivamente disponíveis para o governo federal, descontadas as transferências obrigatórias a estados e municípios.

A elevação das receitas está relacionada ao crescimento na arrecadação de tributos federais, conforme apontado anteriormente pela Receita Federal, e ao comportamento favorável de indicadores econômicos que impactam diretamente a base tributária.

Já a queda nas despesas refletiu menores gastos em algumas áreas, além de uma gestão orçamentária voltada ao controle do crescimento das despesas discricionárias, em linha com os esforços da equipe econômica para melhorar o resultado fiscal.

Acumulado do ano também apresenta melhora

No acumulado de janeiro a maio, o resultado primário do governo central apresentou melhora em relação ao ano anterior. Embora os dados consolidados ainda não tenham sido detalhados no mesmo comunicado, integrantes da equipe econômica têm apontado a trajetória de redução do déficit como um indicativo de avanço nas metas fiscais estabelecidas para o ano.

O resultado de maio reforça a leitura de que o governo mantém a política de ajuste fiscal voltada ao cumprimento das metas de resultado primário previstas no novo arcabouço fiscal, que substituiu o teto de gastos em vigor até 2022.

Política fiscal segue sob monitoramento

O desempenho das contas públicas é acompanhado de perto por analistas do mercado financeiro e agências de classificação de risco. A trajetória fiscal é considerada um dos principais fatores para a definição de taxas de juros, decisões de investimento e confiança dos agentes econômicos.

A meta estabelecida pela equipe econômica para 2025 é de zerar o déficit primário. Para isso, o governo aposta na combinação de medidas de aumento de arrecadação, revisão de gastos e estímulos ao crescimento econômico.

A divulgação de dados mensais, como o resultado de maio, contribui para a avaliação contínua sobre a viabilidade da meta. Embora o número ainda represente déficit, a redução frente ao mesmo período do ano anterior é vista como sinal positivo pela equipe do Ministério da Fazenda.

Próximos passos da política fiscal

O governo deve continuar implementando ações para reforçar a arrecadação e controlar despesas nos próximos meses. Entre as medidas em análise estão mudanças na tributação de fundos exclusivos, revisão de incentivos fiscais e programas de conformidade tributária.

Além disso, a execução orçamentária do segundo semestre é considerada decisiva para o cumprimento das metas fiscais do ano. A expectativa é que o ritmo de arrecadação seja mantido, com possíveis variações influenciadas por fatores sazonais e conjuntura econômica.

O próximo relatório bimestral de receitas e despesas, que detalha as projeções fiscais e os bloqueios orçamentários necessários para atingir as metas estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deve trazer informações atualizadas sobre o cenário das contas públicas.

A evolução do resultado primário ao longo do ano continuará sendo um dos principais indicadores para a condução da política fiscal e para a avaliação da credibilidade do governo diante do mercado e de instituições internacionais.

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